quinta-feira, 27 de junho de 2013

Psique

Olhos vermelhos na escuridão
Ardentes em meio ao frio
Perdidos na imensidão
De um destino sombrio

Em asas invisíveis busco auxílio
Negando as mãos estendidas para me resgatar
Entre elas caio, em doce desvario
Entre a dor que minha alma faz cantar

Mesmo que o corpo perca
O ácido sopro da vida
Mesmo que a mente enlouqueça
Por tantas vezes ser ferida

A alma rubra e violenta que aqui reside
Despida de toda e qualquer sanidade
Gargalha e assim persiste
Pois ignora a realidade

domingo, 2 de junho de 2013

Libertinagem

A doce carne da vaidade
Desnuda de seus princípios
Envolvida em liberdade
Em conceitos decaídos

Descansa em Lesbos, amada Safo
Sua doce música, ardente e verdadeira
Ecoará ainda pelos séculos como desabafo
De suas servas, em leviandade costumeira

Da Mentira, a canção sedutora
Delicada e atraente, de muitos amante
Porém a Verdade chega, desafiadora
E vence sua eterna rival errante

Ígneo, doloroso, defeituoso
Essa é a face do sétimo pecado
Envolvente, condenado, libidinoso
Dos mascarados, desagrado