sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Ofélia

Suspeita morte, essa tua
Como Ismália buscou a lua
A beleza das flores procurou
E mesmo destino encontrou

Embalada por doces canções
Depois privada de ásperas orações
Tanto perde e tanto ganha
Agora nada mais estranha

Tua alma pura e santa
Por ódio e vingança alheios desanda
Atormentada, nunca corrompida
De toda maldade despida

Ache no vazio o que lhe foi negado
Ache em meio ao frio teu desagrado
E após o fim entenda a lição

Que em vida não maculou teu coração