Queda infinita em teu olhar
Grandioso vácuo se instala
Onde uma vez a alma a cantar
Divertia, agora cala
Como, em seu último momento
Conseguiu curvar os lábios a sorrir?
Como se soubesse que tal tormento
Em meio a agonia me faria refletir
Tua voz, que me envolve
E que agora me abandona em pranto
Ainda surgirá na lembrança que me devolve
A suavidade de teu doce canto
Com o último suspiro, a nota final
Sem qualquer melodia, qualquer piedade
Denuncia o autor do golpe fatal
E me condena ao fim da liberdade
Doce Escuridão
Poesias que trazem aquilo que há de mais sombrio na alma humana, passando pela dor, e pelo amor.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Life
What’s
your reason to fight?
Everyone’s already corrupted
And if your eyes shine so bright
It only means you have too much to hide
Let your happiness flow
While you’re not contested
Don’t let yourself grow
Away from all your previous goals
Death’s here, and it’s here to stay
Don’t deny, you’re all disturbed
By the reality of fading away
Death’s here, and it’s here to stay
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Ofélia
Suspeita morte, essa
tua
Como Ismália buscou a
lua
A beleza das flores
procurou
E mesmo destino
encontrou
Embalada por doces
canções
Depois privada de
ásperas orações
Tanto perde e tanto
ganha
Agora nada mais
estranha
Tua alma pura e santa
Por ódio e vingança
alheios desanda
Atormentada, nunca
corrompida
De toda maldade
despida
Ache no vazio o que
lhe foi negado
Ache em meio ao frio
teu desagrado
E após o fim entenda
a lição
Que em vida não
maculou teu coração
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Emboscada
A bruma fria das manhãs
O sabor metálico do sangue em minha boca
As dores e hematomas sobre meu corpo
Antes forte, agora já tão fraco
Os músculos cansados, trêmulos
A respiração rápida, ofegante
O odor impregnante do suor
Misturando-se às lágrimas
A secura dos lábios
O cansaço nos olhos
O tempo arrasta-se preguiçosamente
O pulo da fera na garganta
Dentes atacando, língua procurando
O gosto salgado da carne
A acidez do sangue, o áspero osso
Buscando pela vida
O sabor metálico do sangue em minha boca
As dores e hematomas sobre meu corpo
Antes forte, agora já tão fraco
Os músculos cansados, trêmulos
A respiração rápida, ofegante
O odor impregnante do suor
Misturando-se às lágrimas
A secura dos lábios
O cansaço nos olhos
O tempo arrasta-se preguiçosamente
O pulo da fera na garganta
Dentes atacando, língua procurando
O gosto salgado da carne
A acidez do sangue, o áspero osso
Buscando pela vida
Abismo
Músculos em chamas
Ácido suor
Lágrimas de sangue
Sobre a ferida pele
Tão difícil respirar
Tão difícil resistir
À força da fraqueza
E às fraquezas da força
Coragem, intrepidez
Há nesse mundo
Coração forte o suficiente
Para seus medos vencer?
Em águas profundas mergulhar,
Para nunca mais voltar
Bravura ou covardia?
Arrependimento ou alívio?
Ácido suor
Lágrimas de sangue
Sobre a ferida pele
Tão difícil respirar
Tão difícil resistir
À força da fraqueza
E às fraquezas da força
Coragem, intrepidez
Há nesse mundo
Coração forte o suficiente
Para seus medos vencer?
Em águas profundas mergulhar,
Para nunca mais voltar
Bravura ou covardia?
Arrependimento ou alívio?
Canção dos Mortos
O orvalho caído
Sobre a pele, como
Sobre a pétala
Pálido, sob o luar
As pálpebras cerradas
Sobre olhar tão vazio
Sobre alma tão ausente
Frias, gélidas como a neve
Os lábios rígidos
Descorados,
Entreabertos,
Em final suspiro
Vermelho sobre o branco
Corrompendo o incorruptível
Raiva sobre a Pureza
Juntos, pecado e santidade
Sobre a pele, como
Sobre a pétala
Pálido, sob o luar
As pálpebras cerradas
Sobre olhar tão vazio
Sobre alma tão ausente
Frias, gélidas como a neve
Os lábios rígidos
Descorados,
Entreabertos,
Em final suspiro
Vermelho sobre o branco
Corrompendo o incorruptível
Raiva sobre a Pureza
Juntos, pecado e santidade
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Delírio
Asas frágeis e pálidas
Em um doce sonho envolvente
Tuas risadas curtas e flácidas
Ainda farão-me demente
Alucinação atormentadora
Sugando de mim a vida
Desprezada pela canção desoladora
Em que minha alma se via envolvida
Arranha a garganta grito tenebroso
O silêncio de desespero preenchendo
A realização do fato doloroso
A verdade aparece corroendo
A impureza do delírio decrépito
Seduz mais que a candura recém nascida
E se espalha, fétido
Pela tola alma corrompida
Em um doce sonho envolvente
Tuas risadas curtas e flácidas
Ainda farão-me demente
Alucinação atormentadora
Sugando de mim a vida
Desprezada pela canção desoladora
Em que minha alma se via envolvida
Arranha a garganta grito tenebroso
O silêncio de desespero preenchendo
A realização do fato doloroso
A verdade aparece corroendo
A impureza do delírio decrépito
Seduz mais que a candura recém nascida
E se espalha, fétido
Pela tola alma corrompida
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